Pular para o conteúdo

Como fazer a embalagem shrink perfeita?

Um dos grandes atributos da embalagem shrink é o seu alto grau de proteção aliado ao bom aspecto estético, de forma que ela é utilizada em produtos que vão ao ponto de venda ao consumidor. Assim, é fundamental que a embalagem proporcione o melhor aspecto visual, de forma a potencializar ao máximo a atratividade do seu produto quando colocado lado a lado com todos os produtos concorrentes.

Ainda que seja um processo relativamente simples no qual o usuário pode rapidamente selar e encolher o material. Obter o encolhimento e, consequentemente, o melhor aspecto visual para a embalagem shrink pode ser trabalhoso para alguém recém iniciado ao processo.

Todo produto é diferente dos demais, e encontrar o ajuste correto para obter a embalagem perfeita exige um bom entendimento de alguns detalhes. Após anos de experiência com embalagem shrink, podemos compartilhar parte de nossa experiência. Veja algumas dicas importantes e fique à vontade para entrar em contato se necessitar de mais ajuda.

Utilize o tipo de filme correto

Como qualquer produto disponível no mercado, existe uma ampla gama de filmes termoencolhíveis à venda. Esses filmes diferem em materiais, espessuras, taxa de encolhimento, tipos de dobra, entre outros.

A embalagem shrink é uma opção econômica bastante popular. O material mais comum para a confecção dessas embalagem é o filme poliolefínico (POF) dobrado. Contudo algumas aplicações específicas utilizam filme de PVC. As diferenças entre esses filmes são substanciais, de forma que é fundamental entender cada um deles para obter a melhor embalagem.

Resumidamente, o filme de PVC não deve ser utilizado para contato direto com alimentos. Para esses casos utiliza-se o filme POF. O filme de PVC é comumente utilizado nos lacres colocados nas tampas de garrafas e potes em geral. Para as demais aplicações, utiliza-se o filme POF, seja em embalagens pequenas ou grandes. Existem diversos tipos de filme POF e escolher o filme correto é essencial.

Também existem aplicações onde se utiliza filme de polietileno, especialmente para embalagens muito grandes ou pesadas.

Escolhendo a espessura do filme

Escolher a espessura correta do filme pode ser a diferença entre o sucesso ou o fracasso da sua embalagem. Filmes muito finos para casos onde o manuseio do produto é agressivo podem fazer a embalagem rasgar e o produto cair.  Filmes muito grossos podem tornar excessivamente trabalhosa a abertura da embalagem pelo consumidor final ou pelo repositor do varejo.

A melhor maneira de determinar a espessura correta para o seu produto e processo é através de teste físico. Simule o manuseio e os impactos que a sua embalagem pode sofrer com intensidade adicional para efeito de segurança. Um teste de queda é bastante efetivo para avaliar a resistência da embalagem. Costumeiramente, derruba-se o produto embalado de uma altura de 1 metro de vários ângulos para simular uma condição de manuseio e transporte agressivo.

Outra opção é fazer testes efetivos de campo com clientes que adquirem o produto. Ofereça pequenos incentivos para alguns clientes para abrir os produtos na loja. Observe e analise a facilidade ou dificuldade que eles tem para avaliar a espessura ideal para a experiência de compra.

Marque a barra de selagem para fazer uma embalagem padronizada

Em uma seladora manual, fazer a selagem sempre no mesmo ponto garante consistência de processo. Um determinado produto selado de maneira constante somado a um encolhimento constante garante um padrão de embalagem que, uma vez obtido resultado satisfatório, poderá ser replicado com facilidade.

A maioria das seladoras manuais utilizam uma fita de Teflon sobre o fio de corte. Coloque o produto na área de selagem e faça a selagem. Uma vez que o tamanho ideal da embalagem (saco) for obtido, marque as bordas externas da embalagem na fita de Teflon. Essas marcas vão assegurar que a embalagem está alinhada toda vez com a mesma quantidade de filme. Isso é importante quando se embala produtos de formatos irregulares.

Fala as soldas próximo ao centro do produto

Produtos altos costumam ser mais fáceis de embalar do que produtos baixos ou cúbicos. Para produtos quadrados, fazer a solda no meio da altura do produto fará uma grande diferença no aspecto visual da embalagem acabada, pois durante o encolhimento a solda não irá sofrer distorção nem puxar para um lado da embalagem.

Em seladoras manuais, centralizar a solda pode ser difícil. Em máquinas conjugadas, semi-automáticas e automáticas é possível ajustar a altura da selagem. O produto embalado também pode ser elevado ou rebaixado para possibilitar uma selagem centralizada.

Mantenha a barra de selagem limpa

É notório que, com o uso contínuo, a barra de selagem começa a perder performance. Alguns operadores aumentam o tempo de selagem para compensar a queda de performance da barra. Contudo, o acréscimo do tempo de selagem causa maior consumo de energia e desgaste de componentes, reduzindo a vida útil do fio de selagem. Além disso, a barra de selagem formará pequenos depósitos de resíduo chamados popularmente de “cabelo de anjo” que prejudicam a performance.

Ao invés de aumentar o tempo de selagem, recomendamos que a barra seja limpa e a fita de Teflon seja trocada periodicamente. Se a seladora tem seu fio de selagem/corte revestido de fita Teflon, substitua-a quando a fita apresentar sinais excessivos de queimadura. A fita é a primeira proteção do fio de selagem/corte.

Para as seladoras que não tem seu elemento de solda/corte revestido, utilize um pano levemente umedecido para limpar o elemento de solda. Com o tempo, poderá se formar um resíduo escuro sobre o fio tornando a limpeza mais difícil.

IMPORTANTE: Sempres desligue a seladora antes de limpar a fita de Teflon ou o elemento de selagem.

Calor constante é chave

Após a selagem do filme shrink sobre o produto, ele precisa ser aquecido para encolher e se moldar ao produto. Proporcionar calor constante em temperatura e uniforme em distribuição é mandatório para obter o melhor encolhimento e resultado final de embalagem. Alguns usuários sequer possuem um túnel de encolhimento. Nesse caso, deve ser utilizado um soprador de ar quente em potência baixa e manter uma distância de ao menos 15cm do produto, aquecendo todos os lados da superfície dele. É importante manter o soprador sempre em movimento e distrubuir o calor de forma uniforme conforme se movimenta o soprador.

Para obter melhores resultados, é necessário utilizar um túnel de encolhimento. O túnel mantem uma temperatura constante e os produtos são alimentados por uma esteira, que se move a uma velocidade constante para garantir um encolhimento uniforme. Uma vez ajustado, o túnel possibilita um encolhimento padronizado para todas as embalagens acabadas.

O encolhimento deve ter medida certa

Um dos aspectos críticos do ajuste de um túnel de encolhimento é a obtenção da medida certa de encolhimento. Na maioria dos casos, os produtos requerem o total encolhimento que o filme proporciona para moldar o filme ao produto e eliminar as rugas. Ao obter o máximo encolhimento específico do filme elimina-se o acúmulo de material nos cantos e consegue-se um aspecto visual limpo e profissional.

Entretanto, existem outros produtos que não devem utilizar toda a taxa de encolhimento do filme. Um exemplo disso são produtos de papel ou gráficos. Sem o uso de uma placa rígida, produtos de papel podem se dobrar, amassar ou flexionar quando utilizada toda a taxa de encolhimento do filme. O mesmo se aplica para itens delicados e produtos têxteis.

A melhor forma de encontrar a taxa correta de encolhimento é iniciando um teste com encolhimento total. Para isso deve ser aplicado calor suficiente para o filme começar a presentar furos (queima de filme). Nesse ponto, o filme atingiu toda a sua taxa de encolhimento. Se o produto embalado estiver deformado, dobrado ou amassado deve ser utilizado menos calor, seja através da redução da temperatura operacional do túnel ou do incremento da velocidade da esteira.

Perfuração do filme

Um equívoco comum sobre a embalagem shrink é a impressão de que essa embalagem é estanque. Quando um produto é envolvido e selado em filme shrink, o ar existente na folga entre o produto e o filme fica preso dentro da embalagem. Se não houver um ponto para esse ar sair da embalagem durante o encolhimento, ele causará um buraco na embalagem, prejudicando o visual do produto.

A maioria dos filmes shrink são produzidos e fornecidos com microfuros para permitir a fuga do ar. As seladoras também tem eixos agulhados para fazer pequenos furos para escape do ar. Se a sua embalagem está formando excesso de material nos cantos – fenômeno conhecido como “orelha de cão” – a adoção de perfuração adequada pode ser a solução. Alinhar as agulhas de perfuração com os cantos da embalagem vai permitir que o ar escape pelos cantos melhorando a qualidade da embalagem.

Conclusão

Em termos gerais, o processo de embalagem shrink é simples e descomplicado. Alcançar a embalagem shrink perfeita é mais desafiado, dado que exige tempo e alterações sutis no processo de obtenção do ajuste ideal.

Com a seladora e o filme corretos, é possível obter a embalagem shrink perfeita e garantir que o seu produto seja o mais atrativo da prateleira entre todos os concorrentes. Conte conosco para isso e contate-nos caso exista algum detalhe que esteja criando dificuldades.